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Analistas temem petróleo a US$ 130 se Golfo for atingido por ataques de Israel

Escalada dos ataques de Israel ao Irã gera temores de um impacto significativo no mercado de petróleo. Analistas alertam que uma resposta do Teerã pode elevar os preços do Brent para níveis alarmantes.

Aumentam os riscos de um conflito regional entre Israel e Irã, afetando o suprimento de petróleo no Oriente Médio. A possibilidade de Teerã fechar o estreito de Ormuz reacende a preocupação no mercado.

Analistas do JPMorgan alertam que um fechamento do estreito ou respostas de grandes produtores poderia elevar o preço do petróleo para US$ 120 a US$ 130 por barril, quase o dobro da previsão atual.

Após os recentes ataques israelenses a instalações militares e nucleares do Irã, o preço do Brent subiu 12%, atingindo US$ 78,50 por barril, antes de recuar para US$ 74 por não atingir a infraestrutura petrolífera.

Cerca de 21 milhões de barris de petróleo passam pelo estreito de Ormuz, representando um terço do comércio global de petróleo. O Irã já ameaçou fechar o estreito, mas sua largura mínima de 56 quilômetros dificulta tal ação.

A expert Amena Bakr comentou que o fechamento seria extremo e daria origem a uma rápida reação das tropas americanas na região, empurrando o Brent acima de US$ 100.

Teerã poderia também atacar petroleiros, o que dificultaria suas próprias exportações para a China, já que os ataques anteriores tiveram impacto significativo nos preços globais.

Jorge León, da consultoria Rystad, ressalta que qualquer interrupção no fluxo de petróleo ou ataques a alvos militares dos EUA poderiam elevar os preços em US$ 20 por barril ou mais.

A divisação entre o Irã e os países do Golfo, incluindo a Arábia Saudita, diminui a probabilidade de novos ataques diretos. Além disso, Israel poderia escalar os ataques ao terminal da Ilha de Kharg, que é crucial para as exportações iranianas.

A Opep discute aumentar a produção para mitigar impactos do fornecimento iraniano interrompido, mas ainda mantém posição cautelosa sobre mudanças no mercado. O grupo possui mais de 5 milhões de barris diários de capacidade ociosa, mas afirmou que não é o momento para medidas emergenciais.

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