ANÁLISE: Trump ataca a solidariedade como se fosse um valor da esquerda
A Páscoa traz uma mensagem de solidariedade que contrasta com as recentes políticas do governo Trump, que reduziram significativamente a ajuda externa americana. Essa mudança levanta questionamentos sobre a falta de empatia e o impacto nas comunidades em situação de vulnerabilidade ao redor do mundo.
Páscoa é um momento de solidariedade para os cristãos, lembrando o sacrifício de Jesus pela humanidade. Nesta quinta-feira, celebra-se a cerimônia do lava-pés, simbolizando humildade e fraternidade.
No entanto, nos últimos três meses, esses valores têm sido atacados nos EUA sob a presidência de Donald Trump. O governo tem promovido a falta de empatia e solidariedade como marcas de sua administração, cortando ajuda vital para crianças e necessitados.
A cultura de solidariedade sempre foi fundamental nos EUA, um país formado por imigrantes. Recentemente, Trump cortou quase toda a ajuda externa americana, afetando programas como o Pepfar, que previne a aids na África, e o Programa Mundial de Alimentos, que alimenta milhões em áreas de conflito.
Embora os EUA sejam tradicionalmente os maiores doadores internacionais, a ajuda deve diminuir significativamente. Trump ainda demonstrou insensibilidade ao utilizar imagens degradantes de imigrantes deportados para propaganda política.
A falta de empatia é uma característica marcante de Trump, refletida inclusive em sua história de pouca filantropia. Sua fundação, usada para fins pessoais, foi fechada após investigação.
Os conflitos políticos têm trazido a solidariedade ao centro do debate entre esquerda e direita. A direita tenta desassociar a solidariedade de seus valores centrais, mas essa prática é comum em contextos cristãos.
Trump afirma que prioriza o povo americano, mas isso não deve isentar sua responsabilidade de demonstrar empatia por outros povos, especialmente considerando o poder dos EUA no cenário global.