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Análise: tarifaço não é desprezível, mas é relativamente limitado; carne não preocupa

Economistas da XP analisam o impacto das tarifas de 50% do governo americano sobre as exportações brasileiras. Apesar de algumas exceções positivas, setores como café e carnes permanecem afetados, mas há otimismo quanto à realocação para outros mercados.

Rodolfo Margato, economista da XP, participou do programa Morning Call e comentou sobre as tarifas de 50% do governo americano e suas exceções.

A lista de exceções é "relativamente extensa" e resulta em uma queda de quase US$ 4 bilhões nas exportações brasileiras, mas o impacto macroeconômico é limitado.

Margato destacou que as tarifas não mudarão o cenário de política monetária ou os grandes números econômicos. Alguns produtos como petróleo, ferro, aço, celulose, aeronaves e suco de laranja foram isentos, enquanto café, cacau, carnes e frutas permanecem sujeitos à tarifa, mas negociações ainda podem ocorrer.

Leonardo Alencar, head de agro da XP, explicou o sazonal de compra de carne bovina nos EUA, observando que a alta demanda ocorre entre março e abril. O volume de exportação desses meses atende ao período de consumo na primavera e verão.

Ele adicionou que outros mercados, como China e México, estão demandando mais carne brasileira, ressaltando que o Brasil está competitivo devido ao menor custo de produção.

Alencar concluiu que, sem o Brasil, a falta de fornecimento de carne magra pode resultar em inflação para o consumidor americano.

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