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Análise | Reviravolta no tarifaço de Trump expõe sua vulnerabilidade a pressões internas e externas

Alterações nas tarifas de Trump geram reações em cadeia no mercado e entre empresários. Pressões internas e externas podem ter influenciado a decisão do presidente norte-americano.

Novo aumento das tarifas de importação pelo presidente Donald Trump ocorreu nesta quarta-feira.

A taxa sobre as importações da China foi elevada de 108% para 125%. Ao mesmo tempo, as tarifas sobre outros países foram reduzidas para 10%, com uma pausa de 90 dias na entrada em vigor das tarifas recíprocas.

A justificativa de Trump foi a punição à China por suas represálias contra as importações dos EUA. A redução das tarifas e a pausa se devem à ausência de retaliações de outros países.

Dentro da Casa Branca, houve um racha significativo após críticas do bilionário Elon Musk ao assessor de comércio Peter Navarro, que é o grande mentor do tarifaço. Musk representa empresários e montadoras que enfrentam aumento nos custos de produção.

A pressão sobre Trump também veio da possibilidade de um despejo de títulos do Tesouro dos EUA, o que poderia colocar a rolagem da dívida em risco.

O mercado financeiro já teme o impacto do tarifaço nas ações de bancos americanos, que contam com garantias em ativos cujos preços despencaram.

Além disso, as cotações do petróleo caíram: o Brent chegou a ser negociado a US$ 58,40, uma queda de 7% em relação ao dia anterior.

No entanto, as incertezas persistem. Ninguém sabe a extensão da implementação das tarifas, o que gera dificuldades para decisões de investimento.

O governo Lula observa de perto a situação. Apesar de criticar o tarifaço de Trump, aceitam a necessidade de proteger a indústria brasileira, ironizando a postura do PT e do governo em anos anteriores.

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