Análise | Resta ao BC manter a ‘chatice’ anti-inflacionária diante da insegurança dos preços
FMI destaca a importância da independência dos bancos centrais em meio a pressões políticas por gastos. A atuação do Banco Central é crucial para garantir a estabilidade econômica e controlar a inflação no Brasil e nos EUA.
Fundo Monetário Internacional (FMI) destaca a importância da independência dos bancos centrais em um cenário global de incertezas e pressão por gastos públicos. O presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, apontou que essa independência pode entrar em conflito com interesses políticos, como os do governo brasileiro, que prioriza gastos em vez de equilíbrio fiscal.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) também se opôs aos desejos do presidente Donald Trump, ao manter juros elevados, apesar da pressão para baixá-los. Trump recuou após ameaçar demitir o presidente do Fed, Jerome Powell, cobrando apenas uma >redução mais célere da taxa básica.
No Brasil, a tendência inflacionária surge após dois anos de forte crescimento econômico, aumento de empregos e consumo. Já nos EUA, as pressões inflacionárias são resultado do crescimento econômico e de tarifas comerciais.
Ambos os países enfrentam a necessidade de contenção de gastos públicos. Nos EUA, tentativas de redução orçamentária têm sido complicadas, como cortes em verbas universitárias e programas sociais. No Brasil, o governo busca cautela, evitando cortes em áreas sensíveis, mas sem evidente progresso na contenção de despesas.
Enquanto isso, o Brasil perde oportunidades de crescimento e modernização devido a uma política orçamentária custosa. Assim, cabe ao Banco Central focar na estabilidade de preços, buscando evitar prejuízos ao emprego.