Análise | O projeto de anistia ao golpe bolsonarista e a história do exemplo italiano na defesa da ordem
Livro "Una come noi" retrata a vida de Germana Stefanini, vítima da violência política em Roma. A obra de Giovanni Bianconi explora as consequências do extremismo e a defesa da democracia frente ao terror.
Germana Stefanini, 56 anos, foi assassinada em Roma por membros de um grupelho vinculado às Brigadas Vermelhas, o Poder Proletário Armado.
Após deixar o presídio de Rebbibia, onde era carcereira auxiliar, Stefanini foi abordada por três jovens armados em seu prédio.
Os terroristas a levaram para seu apartamento e realizaram um interrogatório, alegando formar um tribunal revolucionário. Ela foi executada com um tiro na cabeça, e o corpo foi deixado no porta-malas de um Fiat 127.
A história é detalhada no livro Uma como nós do jornalista Giovanni Bianconi, que discute a violência política de extrema direita e esquerda.
Stefanini foi velada em 1.º de fevereiro de 1983, com a presença do presidente da República, Sandro Pertini. Ele criticou o ódio político e ressaltou que a democracia deve se manter fiel a seus princípios, sem recorrer a leis excepcionais.
Pertini frisou que o terrorismo foi combatido não apenas pela polícia, mas também pela resistência do povo italiano.
As lições da Itália são relevantes para o Brasil na luta contra a violência política. Os assassinos de Stefanini foram condenados à prisão perpétua.