Análise | O general que virou alvo de protestos contra a anistia enquanto Bolsonaro discursava na Paulista
Protestos em São Paulo refletem divisões sobre a memória da ditadura militar, com manifestações pedindo a prisão de militares envolvidos em violações de direitos humanos. A figura do general Belham surge como símbolo de debates sobre a anistia e justiça para as vítimas do regime.
Protesto em SP: Militante petista pede 'Cadeia para Belham' em frente ao 36.º DP, durante a 5.ª Caminhada do Silêncio, recordando vítimas da violência estatal.
Em outro evento: Jair Bolsonaro e sete governadores discursam para 45 mil apoiadores na Avenida Paulista, buscando anistia para acusados de golpe.
José Antônio Nogueira Belham, 89 anos, não está entre os acusados, mas seu futuro será decidido pelo STF. Ele comandou o DOI do 1.º Exército no mesmo período em que Ustra operava em São Paulo.
O protesto em SP contou com a presença de ex-deputados e ativistas, que associaram Belham a denúncias de tortura.
Depoimentos revelam: Belham foi informado sobre torturas a prisioneiros, mas não agiu para impedir abusos, como no caso do ex-deputado Rubens Paiva.
Consequências legais: Belham é réu no processo sobre Paiva, com o STF avaliando se a Lei da Anistia se aplica a crimes de sequestro e ocultação de cadáver.
Decisões futuras do STF devem impactar a percepção pública sobre Belham e sua associação aos crimes da ditadura.