HOME FEEDBACK

Análise: Nilton David vê na desaceleração global um alívio potencial para o BC

O diretor do Banco Central reconhece que a desaceleração da economia global pode ajudar a conter a inflação no Brasil, mas alerta para incertezas relacionadas à política tarifária dos EUA. Ele enfatiza a importância de cautela nas próximas decisões sobre a taxa de juros, ressaltando que a meta permanece no controle da inflação.

Economia Mundial e Brasil: Nilton David, diretor de Política Monetária do Banco Central, afirmou que a desaceleração da economia global pode auxiliar o Brasil a controlar a atividade superaquecida.

Em evento em Washington, ele alertou que, embora a desaceleração mundial ajude, não resolverá todo o problema inflacionário que o Banco Central enfrenta com políticas de juros altos.

David mencionou que a incerteza das tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, impacta diretamente as economias dos EUA e China, que representam 40% do PIB mundial. O FMI já revisou sua previsão de crescimento mundial de 3,3% para 2,8% em 2025.

Ele destacou que a economia brasileira opera atualmente entre 0,6% e 0,8% acima de sua capacidade e que o objetivo é criar uma capacidade ociosa semelhante nos próximos 18 meses.

David também fez referências a decisões passadas do Copom e às incertezas atuais sobre a política econômica dos EUA, enfatizando que o impacto da desaceleração pode ser desinflacionário, porém há riscos, como um possível choque de oferta.

Ele ponderou o efeito da inflação americana, destacando que a incerteza é elevada. Além disso, afirmou que a meta do Banco Central é controlar a inflação, e não a atividade econômica, e que o ciclo de política monetária ainda não acabou.

Conclusão: O Copom tomará decisões com base nas evidências à medida que avança, mantendo a cautela nas próximas ações monetárias.

Leia mais em valoreconomico