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Análise | Exército vai levar mísseis, foguetes, helicópteros e blindados para sua maior operação na Amazônia

Operação Atlas visa reforçar a presença militar do Brasil na fronteira norte em meio à tensão com a Venezuela. Mobilização inclui cerca de 8 mil soldados e equipamento bélico avançado como mísseis e blindados.

Operação Atlas do Ministério da Defesa reunirá cerca de 8 mil homens das Forças Armadas do Brasil, incluindo tropas do Exército, Marinha e Força Aérea. Esta é a maior ação militar na fronteira norte do País, em resposta à crise entre Venezuela e Guiana pela região de Essequibo.

O objetivo da operação é testar mobilização e logística das forças, servindo como dissuasão a ameaças externas, especialmente do ditador Nicolás Maduro contra Georgetown, antes da COP 30 em novembro.

O planejamento deve ser concluído em junho e a operação ocorrerá na primeira quinzena de outubro. O Exército se concentrará na faixa de fronteira de Roraima ao Amapá, envolvendo a 1.ª Brigada de Infantaria de Selva e a 22.ª Brigada de Infantaria de Selva.

A primeira brigada receberá reforços de blindados e mísseis anticarro, incluindo mísseis Spike LR2 israelenses. A Companhia Anticarro será deslocada para Roraima com apoio da Aviação do Exército.

A operação contará também com a participação de uma companhia de paraquedistas do Comando Militar do Sudeste, que atuará em infiltrações e reconhecimento na região.

Equipamentos, como plataformas de foguetes Astros, serão transportados de Goiás e Paraná, com a Força Aérea utilizando aviões KC-390.

Autoridades militares avaliam que a movimentação das tropas venezuelanas é propaganda do regime de Maduro e não representa uma ameaça real ao Brasil.

O Exército brasileiro já enviou uma quantia considerável de armamentos e viaturas para Roraima, com um custo aproximado de meio bilhão de reais.

Durante o Dia do Exército, o comandante Tomás Miguel Ribeiro Paiva ressaltou a necessidade de atenção redobrada na proteção dos brasileiros diante das ameaças híbridas e mudanças geopolíticas atuais, destacando a importância da Operação Atlas.

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