Análise | Desafiando a lei e tribunais, Trump dobra a aposta no combate à imigração ilegal para mudar o foco
Trump enfrenta decisão judicial que declara ilegal a deportação de Kilmar Garcia, imigrante acusado de associação a gangues. Enquanto isso, o presidente tenta desviar a atenção ao retratar Garcia como uma ameaça à segurança pública.
Confronto Judicial: O presidente dos EUA, Donald Trump, e o imigrante Kilmar Armando Abrego Garcia estão em um embate onde as cortes determinaram que Trump violou a lei ao deportar Garcia, não vice-versa.
Decisão dos Tribunais: Juízes de diversas instâncias, incluindo a Suprema Corte, afirmaram que a deportação foi ilegal e que o governo deveria corrigir o erro. Contudo, Trump tenta reinterpretar o caso como uma questão de imigração e não de Estado de Direito.
Estratégia de Trump: O governo busca reforçar sua imagem como combatente da imigração ilegal, apresentando Garcia como uma ameaça à segurança pública, embora ele não tenha antecedentes criminais.
Críticas e Consequências: A presidente do National Immigration Law Center, Kica Matos, indica que Trump está perdendo apoio público ao tentar desviar a atenção da questão legal.
Desvio de Atenção: Alguns democratas, como o senador Chris Van Hollen, criticam o foco no caso, que pode ajudar Trump a evitar responsabilidades por questões maiores, como a guerra comercial.
Histórico de Garcia: Garcia, que entrou ilegalmente nos EUA em 2011, foi preso em 2019 e enfrenta alegações de associação com a gangue MS-13, mas nunca foi oficialmente acusado. Existem também alegações de violência contra sua esposa, que mesmo assim defende sua libertação.
Novas Acusações: O Departamento de Segurança Interna lançou um relatório alegando que Garcia era um suspeito de tráfico de pessoas, embora ele não tenha sido acusado e apenas tenha recebido uma advertência de trânsito.
Erro Administrativo: Apesar de um juiz ter emitido uma ordem de proteção contra a deportação, Garcia foi enviado a uma prisão em El Salvador em março, com o governo Trump descrevendo isso como um erro administrativo.