HOME FEEDBACK

Análise da cassação de Glauber Braga na CCJ é adiada

Chico Alencar solicita vistas ao processo de cassação de Glauber Braga na CCJ, adiando a votação. Essa medida pode permitir a Braga tempo adicional para angariar apoio e reverter sua punição.

Deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ) pediu vistas do processo de cassação de Glauber Braga (Psol-RJ) na CCJ da Câmara, adiando a votação e permitindo que Braga consiga votos favoráveis.

A CCJ começou a analisar, em 24 de abril de 2025, o relatório de Alex Manente (Cidadania-SP) contra o recurso de defesa de Braga. Alencar criticou a apresentação tardia do relatório, que ocorreu apenas 10 minutos antes da sessão.

O recurso de Braga, com 94 páginas, argumenta que sua cassação, aprovada pelo Conselho de Ética em 9 de abril, deve ser revertida. O relator Manente rejeitou os argumentos e o processo aguarda votação após Alencar devolver o pedido de vistas.

Se o relatório for aprovado, o caso vai para o plenário, mas o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que não votará antes de 60 dias. Esse acordo foi parte da negociação que encerrou a greve de fome de Braga, realizada entre 9 e 17 de abril.

Se a CCJ rejeitar o relatório, o caso volta ao Conselho de Ética. O Psol tentou retirar o relatório de pauta, com apoio limitado, enquanto o PSD se opõe à cassação.

Braga alega que a acusação não apresenta provas claras. Manente, por outro lado, defende que as provas estão contidas no relatório do deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), que relatou a cassação.

Braga criticou a escolha de Magalhães como relator, questionando sua imparcialidade e a validade do processo. O caso foi iniciado pelo partido Novo, devido a uma agressão contra o youtuber Gabriel Costenaro em abril de 2024.

Aliados de Braga afirmaram que a punição é uma retaliação de Arthur Lira (PP-AL) devido às ações do deputado contra o orçamento secreto. Lira nega as acusações e grupos de apoio a Braga questionaram a condução das votações.

Braga defendeu que a acusação visa silenciar sua atuação política, afirmando que não desistirá de suas reivindicações contra o que considera uma tentativa de censura.

Leia mais em poder360