Análise | Como o Signalgate expõe os bastidores dos primeiros meses difíceis do Secretário de Defesa dos EUA
Secretário de Defesa enfrenta críticas após vazar informações sobre operações militares no Iêmen. Hegseth tenta se alinhar com as políticas de Trump, mas enfrenta resistência e questionamentos sobre sua gestão no Pentágono.
Secretário de Defesa Pete Hegseth enfrenta turbulências no Pentágono
O secretário de Defesa Pete Hegseth, ex-soldado da Guarda Nacional e apresentador da Fox News, enfrentou problemas desde sua posse, incluindo a revelação de planos secretos de batalha para o Iêmen, que poderiam comprometer a segurança de pilotos americanos.
Determinando-se a ser mais trumpista que o próprio presidente, Hegseth promoveu medidas polêmicas, como a proibição de pessoas transgênero nas tropas e planos para uma possível renúncia ao comando das tropas da Otan.
Um incidente grave ocorreu quando Hegseth discutiu em um bate-papo criptografado os detalhes sobre uma operação contra a milícia Houthi no Iêmen, arriscando vidas de combatentes. O presidente Donald Trump se disse surpreso com a divulgação do briefing ao bilionário Elon Musk, embora Hegseth tentasse minimizar o impacto do bate-papo.
A reação no Exército foi negativa; oficiais expressaram sua consternação e raiva nas redes sociais. O senador Roger Wicker indicou uma possível investigação sobre o incidente.
Hegseth também enfrentou críticas por seus comentários sobre a Ucrânia e a Otan, e por um artigo removido sobre Jackie Robinson, representando uma tentativa de desviar-se de iniciativas de diversidade.
Um juiz federal criticou duramente sua política de proibição às tropas transgênero, afirmando que era preconceituosa e errônea. Hegseth defendeu suas decisões como parte de uma reavaliação necessária dentro do Pentágono.
Enquanto isso, Hegseth continua sua agenda e foi para uma viagem à Ásia, e seus problemas demonstram um padrão preocupante na liderança do Departamento de Defesa sob sua administração.