Análise: Como o Pix, agora na mira de Trump, pisou no calo de Zuckerberg
Investigação americana foca no Pix por possíveis práticas que poderiam ferir a competitividade das empresas dos EUA. Sistema brasileiro de pagamentos instantâneos, amplamente adotado, levanta preocupações em setores tradicionais de comércio digital.
Pix, meio de pagamento instantâneo no Brasil, agora é alvo de investigação dos EUA por práticas comerciais "desleais". O sistema, criado pelo Banco Central, estaria prejudicando empresas americanas, especialmente as big techs e bandeiras de cartões, na competição no mercado.
Desde seu lançamento em novembro de 2020, o Pix conquistou 93% da população adulta do país, substituindo o uso de dinheiro e cartões de débito. Com ferramentas como Pix Parcelado e Pix Automático, o sistema também começou a competir com cartões de crédito, dominados por Visa e Mastercard.
O mal-estar dos EUA pode derivar da origem do Pix, que surgiu como um modelo com regulamentação obrigatória, contrastando com o sistema de pagamentos via WhatsApp, que carece dessa imposição. Enquanto o Pix permite transações entre qualquer conta sem custos, o sistema da Meta é limitado a acordos comerciais.
Adicionalmente, o Banco Central, ao gerenciar o Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT), exerce papel central no sistema. Apesar das críticas, os problemas de segurança do Pix não estão relacionados à fragilidade do DICT.
A adesão obrigatória ao Pix acelerou a bancarização no Brasil, incluindo cerca de 60 milhões de brasileiros na última década. Isso promove a inclusão financeira, o que deveria interessar empresas americanas, destacando uma comparação com o sistema americano, no qual a adesão ao FedNow é opcional.