Análise | Acordos do Reino Unido escancaram a realidade: uma economia de médio porte espremida entre gigantes
Reino Unido busca equilibrar parcerias comerciais com EUA e UE, enfrentando desafios econômicos após o Brexit. Acordos recentes exigem concessões e refletem a realidade de um país em posição vulnerável no comércio global.
Reino Unido fecha acordos com EUA e União Europeia, mostrando que não precisou escolher entre seus dois principais parceiros comerciais, mas enfrentando desafios na era pós-Brexit.
Os acordos, conforme analistas, evidenciam a posição reduzida do Reino Unido, ressaltando que “se for um bolo, não é um bolo muito saboroso”.
O primeiro-ministro Keir Starmer conseguiu acordos que incluem:
- Com os EUA: Redução de tarifas em carros de luxo britânicos, mas tarifa básica de 10% permanece.
- Com a União Europeia: Viajantes britânicos ganham acesso a portões eletrônicos em aeroportos; acordo traz benefícios anuais de 9 bilhões de libras, mas apenas 0,2% de aumento no PIB.
Os acordos exigiram concessões difíceis, como permissões de pesca para europeus e maior acesso a produtos agrícolas americanos.
Starmer afirmou que os acordos demonstram a capacidade britânica de efetuar negociações oportunistas, apesar das críticas e desafios impostos por uma economia global com três blocos comerciais: EUA, UE e China.
O ex-primeiro-ministro Boris Johnson criticou a abordagem atual de Starmer, sinalizando preocupações sobre a negociação com a UE e a situação de pescadores britânicos.
Por outro lado, Starmer mantém a ideia de que esses acordos beneficiarão a economia britânica, ao abrir novos caminhos e reforçar parcerias internacionais, estabelecendo um “novo começo” nas relações comerciais.