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Análise | A hora e a vez do ‘Desunião Brasil’: como a saída de Juscelino ressuscita o racha no partido

A demissão de Juscelino Filho do Ministério das Comunicações levanta tensões internas no União Brasil, onde disputas pela liderança da bancada na Câmara estão se intensificando. A situação se complica ainda mais com a possibilidade de oposição ao governo Lula e a necessidade urgente de reestruturação no partido.

A saída de Juscelino Filho do Ministério das Comunicações levanta tensões na reforma ministerial e na disputa interna do União Brasil.

Uma ala do partido quer que Juscelino reassuma como líder da bancada na Câmara, substituindo Pedro Lucas Fernandes. Este último, indicado para o cargo, enfrenta a oposição de um grupo que deseja desafiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Pedro Lucas, ligado ao PTB, tem como adversário Juscelino. Ele é apoiado por Flávio Dino, relator da investigação sobre Juscelino no STF. Juscelino é acusado de desvio de recursos de emendas parlamentares, relacionado a um esquema envolvendo uma empresa de fachada.

A cúpula do União Brasil atuou rapidamente para evitar uma crise maior, dada a preocupação com o PSD de Gilberto Kassab. Lula, após a denúncia da Procuradoria-Geral da República, sinalizou aceitação à indicação de Pedro Lucas, mas a incerteza permanece até seu retorno de viagem a Honduras.

A ala próxima a Jair Bolsonaro quer apoiar o nome indicado para a sucessão de Lula em 2026, enquanto Pedro Lucas defende uma aliança com o PT.

O Centrão vê a saída de Juscelino como uma chance de aumentar sua influência, com muitos ministros já manifestando desejo de disputar cargos. Waldez Góes, ministro da Integração, irá se filiar ao União Brasil para concorrer ao Senado.

O partido, conhecido por desavenças internas, enfrenta um histórico de conflitos que atinge sua imagem no Congresso, sendo chamado de "Desunião Brasil".

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