Americanas, Casas Bahia ou Magalu: em qual varejista com ação até R$ 10 investir?
Magazine Luiza é destacada por analistas como a melhor opção entre varejistas com ações próximas aos R$ 10, devido a seu desempenho financeiro positivo e estratégias de digitalização. Americanas e Casas Bahia, apesar de tentativas de recuperação, enfrentam desafios significativos em um ambiente econômico adverso.
Avaliação das ações de varejistas: Entre as varejistas abaixo de R$ 10, destacam-se Americanas (AMER3), Casas Bahia (BHIA3) e Magazine Luiza (MGLU3). A preferência dos analistas é por Magalu, considerada a opção mais sólida.
Balanço financeiro: No quarto trimestre, a Americanas registrou prejuízo de R$ 586 milhões e a Casas Bahia, de R$ 452 milhões. Em contrapartida, a Magalu obteve lucro de R$ 294,8 milhões.
Fatores positivos da Magalu: Para Denis Medina, economista, a Magalu já gera dividendos e resultados positivos, posicionando-se bem no mercado em relação à concorrência. A empresa investe em canais de vendas online, uma tendência crescente.
Desempenho da Magalu em 2024: A Magalu alcançou um faturamento de R$ 65,3 bilhões, com crescimento de 3,6%. As lojas físicas cresceram 10,1% e o e-commerce se manteve estável, com alta de 1,1%. O marketplace teve crescimento de 3,4%.
Outras escolhas de analistas: Americanas é vista como uma segunda opção a longo prazo, apesar da crise causada por um escândalo contábil e a necessidade de recuperação. Casas Bahia é considerada a menos favorável, devido a sua estrutura mais tradicional.
Modelo de avaliação: Inácio Alves, analista da Melver, rejeita Americanas e Casas Bahia, utilizando um modelo que prioriza Magazine Luiza com base em dois indicadores: ROIC (Retorno Sobre o Capital Investido) e EV/EBIT (Valor de Firma dividido pelo Lucro).
Casas Bahia em recuperação: A empresa reportou redução de prejuízo e crescimento na receita, mas enfrenta alta alavancagem financeira, o que dificulta a geração de lucros. A recente valorização das ações, resultante de um short squeeze, não reflete uma melhora estrutural.
Considerações finais: Alves recomenda cautela no setor de varejo, especialmente com juros altos pressionando as margens. O momento atual é de evitar investimentos nesse segmento.