América Latina: ativos têm maior queda diária desde pandemia após retaliação da China
A escalada da guerra comercial entre EUA e China pressiona mercados latino-americanos, levando a uma forte desvalorização das ações e moedas da região. Investidores temem que a desaceleração econômica global impacte severamente as exportações de commodities e os principais mercados da América Latina.
Mercados Latinos em Queda Histórica
Os índices de ações e moedas latino-americanas caíam nesta sexta-feira, sinalizando a possibilidade da maior queda diária em cinco anos.
A China anunciou tarifas adicionais de 34% sobre produtos dos EUA, seguindo o recente ataque comercial do presidente Donald Trump.
O índice MSCI das ações da região despencava 6,7%, caminho para a maior queda desde a liquidação do mercado durante a pandemia da Covid, com perdas semanais superiores a 4%.
A queda no preço do petróleo e dos metais básicos afetava as economias exportadoras de commodities, com expectativa de desaceleração econômica global. Alfredo Coutino, da Moody’s Analytics, ressaltou que China e EUA são mercados principais e a guerra comercial pode diminuir a demanda global.
- Petrobras (PETR4): caiu 4,8%
- Ecopetrol: recuou 6,5%
- YPF: despencou 12,2%
- Vale (VALE3): caiu 4,4%
Principais índices no México, Colômbia, Chile e Peru caíam entre 2% e 3%, enquanto o Merval da Argentina tinha queda de 10,3%.
As moedas, segundo o indicador MSCI, se enfraqueciam 3,3% em relação ao dólar. O peso mexicano desvalorizava 2,9%, enquanto o real caía cerca de 2,8%.
O peso da Colômbia recuava 3% devido a preocupações fiscais e a necessidade de ajuste adicional no orçamento de 2025.