Ameaça de Trump foi muito pior, mas tarifa mínima de 10% ainda terão grande impacto
Tarifas de 10% impostas por Trump geram preocupações sobre inflação e recessão. Economistas alertam que impacto global pode ser devastador, afetando economias emergentes e commodities.
Tarifa global de 10% proposta por Donald Trump surpreendeu a todos durante a campanha presidencial.
Economistas e analistas de Wall Street tratavam a ideia como uma ferramenta de negociação, mas agora, em meio a uma guerra comercial com a China, a tarifa se mostra mais moderada.
Tarifas universais de 10% atingem mais de 10 vezes o volume de importações comparado ao primeiro mandato de Trump. De acordo com Carsten Brzeski, economista-chefe da zona do euro, essa taxa é "bastante extrema", comparável aos níveis da década de 1930.
A tarifa de 10% pode custar entre US$ 1.700 e US$ 2.350 por ano à família americana média. Segundo Neil Shearing, isso aumentaria a inflação e poderia levar à queda da produção, mas não necessariamente a uma recessão.
A confiança dos consumidores e empresas caiu, paralisando compras e investimentos. Os EUA e a China impuseram tarifas altas e restrições comerciais, com um possível impacto de 5% na queda do comércio global este ano.
Essa situação pode fazer com que as economias pobres e emergentes também sofram, reduzindo a demanda por seus produtos. Países como a Nigéria, que vendem commodities, podem ver uma queda em suas receitas.
Se ocorrer uma recessão nos EUA, a execução caótica das tarifas pode ser um dos fatores decisivos.