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Alto grau de incerteza em torno da eleição de 2026 pode pesar mais no mercado do que em anos anteriores, diz Morgan Stanley

Expectativa de alta volatilidade nos mercados brasileiros antes das eleições presidenciais de 2026 é reforçada por incertezas políticas e fiscais. Morgan Stanley antecipa que a divulgação do Orçamento e os anúncios dos candidatos podem impactar significativamente o desempenho do mercado nos próximos meses.

A estrategista-chefe do Morgan Stanley, Ioana Zamfir, prevê um ciclo eleitoral agitado para as eleições presidenciais de 2026 no Brasil.

Ela aponta que momentos de volatilidade acentuada nos mercados devem ser mais frequentes em comparação aos ciclos anteriores.

O período crítico deve começar três meses antes do pleito, com a divulgação do Orçamento, medidas fiscais e anúncios dos candidatos gerando “ondas de desempenho ruim e volatilidade” antes da metade de 2026.

Zamfir destaca que, ao contrário da eleição de 2022, não há certeza sobre a reeleição do incumbente e o principal candidato da oposição continua indefinido. Essa incerteza pode gerar reações significativas do mercado com os anúncios dos nomes dos candidatos.

Apesar da expectativa de maior volatilidade, ela acredita que há espaço para uma queda das taxas de juros no Brasil.

O Morgan Stanley mantém sua posição otimista em contratos de Depósito Interfinanceiro e NTN-B, prevendo alvos de 12,75% e 7,30%, respectivamente.

Zamfir conclui que, embora o segundo semestre de 2025 traga mais volatilidade, as taxas de juros podem continuar a cair, a não ser que ocorra uma deterioração no apetite global por risco.

Ela observa que o Banco Central tende a cortar a taxa Selic em ciclos eleitorais anteriores, e que isso também deve acontecer no próximo ano, dependendo do cenário fiscal.

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