Alto grau de incerteza em torno da eleição de 2026 pode pesar mais no mercado do que em anos anteriores, diz Morgan Stanley
Expectativa de volatilidade acentuada nos mercados brasileiros é reforçada por incertezas políticas e fiscais. Analistas preveem que o cenário de estresse pode se intensificar nos meses que antecedem as eleições de 2026.
Volatilidade nos Mercados Brasileiros antes das eleições presidenciais de 2026 é aguardada pela estrategista-chefe do Morgan Stanley, Ioana Zamfir.
A expectativa é de momentos de maior estresse eleitoral, começando três meses antes do pleito. Fatores que podem influenciar essa volatilidade incluem:
- Divulgação do Orçamento de 2026
- Medidas fiscais no último trimestre de 2025
- Anúncios dos nomes dos candidatos
Segundo Zamfir, a incerteza sobre a candidatura do incumbente e a falta de clareza sobre o principal opositor aumentam a reatividade do mercado aos anúncios de candidatos, mais do que em anos anteriores.
Ainda assim, há espaço para queda dos juros de mercado no Brasil. O Morgan Stanley mantém posições em contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em 2029 e em NTN-B 2028, visando alvos de 12,75% e 7,30%, respectivamente.
Zamfir projeta que, embora o segundo semestre de 2025 possa ser volátil, as taxas de juros podem continuar a cair, exceto em caso de deterioração significativa no apetite global pelo risco. O Banco Central deve cortar a taxa Selic dependendo do cenário fiscal, seguindo tendências anteriores em ciclos eleitorais.