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Alta nas receitas infla espaço para estados e municípios se endividarem mais

Governadores e prefeitos enfrentam dilemas ao expandir empréstimos com aumento de receitas, mas alertam para riscos de endividamento futuro. Estudo revela preocupação com a sustentabilidade fiscal das operações de crédito diante de incertezas econômicas.

Aumento de receitas de estados e municípios via transferências da União permite a contratação de novos empréstimos, mas gera dívida futura a ser paga por sucessores.

Sem garantia de sustentabilidade das receitas, há risco de desequilíbrios financeiros nas quitações.

A portaria do Tesouro Nacional determina o cálculo do espaço fiscal, que recentemente aumentou devido ao crescimento da arrecadação tributária.

  • No último ano, o Tesouro liberou R$ 48,9 bilhões em crédito para estados e municípios.
  • Em 2023, o total foi de R$ 46,4 bilhões.
  • Valores atuais são considerados superiores à média anual de R$ 18 bilhões entre 2016 e 2022.

O economista Manoel Pires critica a situação, alertando que a RCL maior agora não garante recursos futuros para pagamentos.

A metodologia do espaço fiscal foi criada em 2018 para evitar desequilíbrios, mas permite discricionariedade excessiva ao Tesouro.

Uma nova medida, o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados, pode aumentar gastos e elevar a dívida pública, permitindo corte de juros e correção monetária.

O estado de São Paulo, com a maior dívida, pode deixar de repassar R$ 412 bilhões à União até 2047, influenciando a adesão ao programa por outros estados.

Estados endividados, como Rio de Janeiro e Minas Gerais, aguardam apreciação de vetos presidenciais, enquanto outros, como Paraná e Tocantins, já sinalizaram desinteresse.

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