Alta do PIB deve se estender para o 2º tri, mas desaceleração virá na sequência
A economia brasileira cresce 1,4% no primeiro trimestre de 2023, impulsionada pelo setor agropecuário e serviços, mas economistas preveem desaceleração a partir do segundo semestre. O mercado de trabalho aquecido e o aumento da renda das famílias são fatores que sustentam a atividade econômica, apesar das incertezas fiscais e da alta de juros.
Expansão da Economia Brasileira: O Brasil registrou um crescimento de 1,4% no PIB no primeiro trimestre, indicando um mercado aquecido conforme divulgado pelo IBGE. A expectativa é de que essa tendência continue no segundo trimestre.
Desaceleração Projetada: Economistas afirmam que a desaceleração ocorrerá a partir da metade do ano. O mercado de trabalho continua forte, impulsionado pelo pleno emprego e aumento na massa salarial.
Setores em Alta: Nove dos doze setores mostraram crescimento. Destaques incluem:
- Agricultura e Pecuária: 12,2% de alta
- Serviços Totais: +0,3%
José Alfaix, da Rio Bravo, explica que a postura fiscal do governo contribui para essa resiliência, mesmo com juros reais em 9%.
Desafios Futuros: Pedro Ros, da Referência Capital, observa que, mesmo com dados positivos, o crescimento está concentrado em serviços e agro, enquanto a indústria permanece estagnada. Igor Cadilhac, do PicPay, ressalta que a inflação e os juros altos podem limitar o crescimento.
Necessidade de Inovação: Para manter o crescimento, Jorge Kotz defende investimentos em tecnologia, inovação e qualificação profissional.
Consumo das Famílias: A XP reporta um aumento de 1% no consumo das famílias no primeiro trimestre, mas nota uma tendência de desaceleração anual. Claudia Moreno, do C6 Bank, destaca a importância do mercado de trabalho aquecido para essa resiliência.
Perspectivas de Crescimento: Em 2025, a XP estima um crescimento do PIB em 2,3%, enquanto outros economistas projetam uma desaceleração moderada, próxima de 2%. A manutenção desse crescimento depende de um ambiente de negócios competitivo e de investimentos.
Conclusão: Estimular uma economia em crescimento acima do potencial não é sustentável, segundo analistas, e a atual situação financeira e incertezas tributárias devem inibir novas expansões no curto prazo.