Alta do petróleo estimula Ibovespa, mas balanços e cautela externa limitam ganhos
Valorização do Ibovespa é impulsionada pela recuperação do petróleo, mas cede diante da volatilidade externa. Expectativas de aumento na Selic e resultados corporativos influenciam o mercado.
Ibovespa registra leve alta nesta terça-feira, 6, impulsionado pela recuperação do petróleo, que avança quase 4%.
A valorização é moderada por quedas nas bolsas internacionais, devido a:
- Guerra tarifária dos EUA
- Déficit recorde na balança comercial em março
- Expectativa de balanços corporativos
Segundo Guilherme Petris, da Manchester Investimentos, ações de empresas juniores, como Brava (BRAV3), estão em alta 6,45%. Petrobras (PETR3; PETR4) também apresenta elevações entre 1,25% e 1,61%.
No fechamento de ontem, o Índice Bovespa caiu 1,22%, marcando 133.491,23 pontos. O foco agora está em:
- Resultados corporativos, inclusive da Embraer e Grupo Pão de Açúcar
- Decisão sobre juros pelo Copom e pelo Federal Reserve
Após os balanços, ações do GPA (PCAR3; -22,57%) e BB Seguridade (BBSE3; -5,7%) destacam-se nas quedas do Ibovespa.
A expectativa é de elevação de 0,50 ponto porcentual na Selic, projetando 14,75% ao ano.
Silvio Campos Neto comenta sobre a tramitação da proposta de isenção do IR, que ainda gera preocupações.
No pré-mercado de Nova York, ADRs da Petrobras avançam, enquanto da Vale variam no zero a zero. Minério de ferro fecha estável na China, que também divulgou queda no PMI composto, refletindo a guerra tarifária.
Por volta das 11 horas, o Ibovespa subia 0,14%, alcançando 133.681,53 pontos. A alta é considerada tímida, após um período de ganhos.
Em abril, o principal índice da B3 subiu quase 3,70%, com retorno de recursos estrangeiros na bolsa brasileira. Projeções sugerem que a entrada de capital continuará, mas de forma moderada e volátil.