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Alta do IOF tem efeito semelhante à da Selic e pressiona inflação, diz Samuel Pessôa

Economistas alertam que o crescimento do PIB não é suficiente para evitar a desaceleração econômica. Medidas do governo podem oferecer um respiro, mas a alta de juros e a política fiscal restritiva impõem desafios significativos.

Crescimento do PIB não reverterá desaceleração econômica, afirma Samuel Pessôa

O pesquisador Samuel Pessôa, do Ibre/FGV, destaca que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) não é suficiente para evitar a desaceleração econômico. Segundo ele, a demanda interna não acompanhou o crescimento do PIB, resultando em uma leve desaceleração.

Medidas do governo, como liberação do FGTS e novas regras de crédito, podem ajudar, mas os juros altos limitam esses efeitos. Pessôa menciona que o atual cenário econômico é problemático, com estímulos sendo compensados por juros elevados.

O aumento do Imposto sobre Operação Financeira (IOF) encarece o crédito, afetando principalmente operações de curto prazo e, assim, pressionando a inflação. Essa elevação pode ter um efeito equivalente a uma alta de juros entre 0,25 e 0,5 ponto percentual.

Pessôa observa que a harmonia entre política fiscal e monetária está ausente. O cenário atual exige um equilíbrio fiscal, que passa pela necessidade de reformas, mas a resistência do governo em alterar indexadores de gastos essenciais pode levar a uma crise fiscal nos próximos anos.

Para evitar essa crise, o presidente deve tomar medidas decisivas em relação ao gasto público e restrições, caso contrário, é provável que o país enfrente estagflação e paralisia da máquina pública no futuro.

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