Alta do IOF escancara divergências entre Haddad e Galípolo
Ministro da Fazenda e presidente do Banco Central enfrentam tensões em razão de divergências sobre a política monetária e recente aumento do IOF. Apesar do clima de mal-estar, ambos tentam minimizar as diferenças e demonstrar um esforço de colaboração.
Relação entre Ministério da Fazenda e Banco Central enfrenta tensão após decreto de aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
O clima inicialmente pacífico entre Gabriel Galípolo e Fernando Haddad agora dá sinais de desgaste, com diferenças sobre juros e a recente medida causando mal-estar.
Galípolo afirmou que não foi consultado sobre o aumento do IOF, contrariando informações da Fazenda. O episódio expôs um desalinhamento estratégico, embora ambas as partes tentem amenizar a situação.
Após pressão do mercado, que interpretou o aumento como controle de capital, a Fazenda decidiu recuar. Haddad confirmou que Galípolo não foi alertado sobre a medida, apesar de afirmações em contrário.
Na quinta-feira (22), Galípolo ouviu críticas do setor financeiro e transmitiu preocupações à Fazenda, resultando em mudanças nas propostas de IOF.
As discordâncias se estendem ao impacto da Selic sobre a economia, com Galípolo defendendo a resistência dos indicadores, enquanto Raquel Nadal, da Fazenda, sugere desaceleração.
A visão divergente entre as instituições é comum, mas um membro da Fazenda minimizou as diferenças, afirmando que elas não indicam desentendimentos.
Galípolo elogiou a rapidez do ministério em recuar das medidas de IOF, destacando sua preocupação com a intenção fiscal da proposta.