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Alta do IOF é absurda e deixa crédito rural inviável, diz economista

Produtores rurais enfrentam aumento nos custos de crédito devido ao ajuste no IOF, que impacta diretamente as operações como pessoa jurídica. A medida, combinada com a alta da Selic, torna o financiamento agrícola um desafio ainda maior para os agricultores.

A contratação de crédito agrícola por produtores rurais como pessoa jurídica sofrerá impacto significativo devido ao aumento do IOF. A afirmação é do economista-chefe da Farsul, Antonio da Luz.

Produtores que contratam crédito rural em cooperativas como pessoa física também serão afetados indiretamente. Antonio considera a alta do IOF como “absurda” e, em um cenário de Selic a 14,75%, o crédito torna-se inviável e “doloroso”.

O crédito rural é utilizado para custeio, investimentos e comercialização de produtos agropecuários.

O aumento do IOF para pessoas jurídicas subiu de 0,38% para 0,95% e pode chegar a 3,95% com o decreto nº 12.466 de 22 de maio de 2025.

Antonio da Luz destaca que uma parcela relevante de produtores rurais contrata créditos e serviços como pessoas jurídicas, sendo estes os mais impactados pelos encargos bancários.

Ao ser questionado sobre o impacto em pessoas físicas que financiam em cooperativas, ele explica que, mesmo sem alteração no IOF, haverá aumento de custo. As cooperativas precisam tomar empréstimos como pessoas jurídicas, suportando o IOF alto, e repassando este custo aos produtores.

Assim, os agropecuaristas terão que optar por

  • diminuição da margem de lucro
  • repasse dos custos para o consumidor
e aumento dos preços no mercado.

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