Alta do IOF deve impactar a bolsa. Mas futuro dos ativos ainda não foi traçado
Mercados seguem apreensivos com a volta do IOF enquanto Ibovespa fecha em leve alta. A insegurança jurídica e a deterioração nas relações entre os poderes afetam o apetite dos investidores.
Volta do IOF: principal tópico do momento, rivalizando apenas com as ações de Donald Trump contra o Brasil.
Medidas que afetam o bolso do cidadão geram emoções intensas. Contudo, a alteração no IOF não é necessariamente boa ou ruim para os ativos nacionais.
Ibovespa fechou em alta de 0,04%, aos 135.565 pontos. Até agora, desvalorização acumulada na semana é de 0,46% e no mês de julho, 2,37%. A alta do ano é de 12,7%.
O aumento do IOF pode resfriar a inflação, mas também provoca desgaste entre Executivo e Legislativo, elevando a percepção de risco no mercado.
Movimentação da carteira do Ibovespa: R$ 13,3 bilhões, 20% abaixo da média diária de R$ 16,6 bilhões.
A pressão negativa do IOF é sentida na bolsa, afetando o apetite dos investidores. Especialista Matheus Amaral destaca que o Ibovespa reagiu mais ao risco político do que ao impacto direto do IOF.
Ações de grandes bancos, como Itaú e BTG, ajudaram a segurar o índice, mas Banco do Brasil e Bradesco caíram devido ao risco de crédito.
Discussão sobre retroatividade do IOF gerou insegurança jurídica, mas a Receita Federal anunciou que não haverá cobrança retroativa para instituições financeiras.
O ataque de Trump sobre produtos brasileiros permanece no radar dos investidores internacionais, mas a confusão local pode manchar a imagem do país.
Dólar recuou 0,26% e está cotado a R$ 5,55. Na semana, estável, e valorização de 2% em julho; queda de 10,24% no ano.
Para recomendações e análises de ações, acesse o Valor One.