Alexandre de Moraes manda AGU acompanhar processo de extradição de Zambelli
Ministro do STF autoriza que AGU atue no processo de extradição de Carla Zambelli. A deputada federal, condenada por crimes relacionados à invasão de sistemas, foi presa na Itália e aguarda decisão da Justiça italiana.
Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (31) que a Advocacia-Geral da União (AGU) acompanhe o processo de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
A decisão foi tomada após a Polícia Federal (PF) informar sobre a prisão de Zambelli, em Roma, na Itália, na terça-feira. A parlamentar era considerada foragida pela Justiça brasileira após deixar o país, após ser condenada pelo STF por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir um mandado de prisão falso contra Moraes.
Carla Zambelli foi condenada a dez anos de prisão e à perda do mandato. Moraes solicitou sua inclusão na lista de difusão vermelha da Interpol.
Em vídeo antes da prisão, Zambelli disse que se entregou à Justiça italiana e negou que estivesse fugindo, afirmando que prefere cumprir a pena na Itália.
- A cidadania italiana dificulta a extradição, mas não a impede.
- Agora, o processo deve ser avaliado pela Justiça italiana.
- A decisão final sobre a extradição é do Ministério da Justiça da Itália.
A deputada também aguarda votação do seu processo de cassação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, mas está inelegível até 2028. Em 2022, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) cassou seu mandato por abuso de poder político e desinformação eleitoral.
Ainda cabe recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas a Lei da Ficha Limpa estabelece que a inelegibilidade passa a valer desde a condenação por órgão colegiado.