Alexandre de Moraes encerra depoimentos de testemunhas na ação do suposto golpe
Fase de depoimentos encerra e interrogatórios dos réus, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, estão agendados para a próxima semana. Expectativas crescem em torno do julgamento que poderá levar a uma condenação de até 30 anos de prisão.
Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encerrou nesta segunda-feira (2) a fase de depoimentos no caso do núcleo 1 da trama golpista, que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus.
Os depoimentos começaram em 19 de maio e foram ouvidas 52 testemunhas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e defensores.
Rogério Marinho (PL-RN) foi a última testemunha. Ele defendeu Bolsonaro e o general Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
Durante seu depoimento, Marinho negou que Bolsonaro e Braga Netto planejassem uma ruptura institucional após as eleições de 2022. Ele também não conhecia informações ligando Bolsonaro aos atos golpistas de 8 de janeiro.
Marinho afirmou que Bolsonaro estava preocupado com a transição de governo e triste pela derrota. Ele mencionou reuniões com Bolsonaro e a indicação do ministro Ciro Nogueira para liderar essa transição.
Com o fim dos depoimentos, o interrogatório de Bolsonaro e dos outros réus foi agendado para a próxima segunda-feira (9). A expectativa é que o julgamento aconteça ainda este ano, com penas que podem ultrapassar 30 anos.
Os réus enfrentam acusações de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Os oito denunciados formam o núcleo crucial do golpe, com a denúncia aceita por unanimidade pela Primeira Turma do STF em 26 de março.
Com informações da Agência Brasil