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Alexandre de Moraes diz a Lula que não quer ação do governo em sua defesa nos EUA

Ministro do STF reafirma que não deseja ação por parte da AGU nos EUA. Lula convoca ministros para discutir sanções e preservação da soberania nacional.

Ministro Alexandre de Moraes, do STF, informou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que não deseja que a Advocacia-Geral da União (AGU) mova uma ação nos EUA em sua defesa.

O comunicado ocorreu após o governo americano anunciar a aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes. Lula convidou ministros para uma reunião informal no Palácio da Alvorada, onde seis dos 11 integrantes do STF compareceram, incluindo Moraes.

Entre os presentes estavam também representantes do Executivo, como o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

Lula solicitou que a AGU examinasse possíveis questionamentos sobre as sanções, incluindo ações na Justiça dos EUA e cortes internacionais, sem descartar essa última alternativa.

Moraes se mostrou tranquilo em relação à sanção imposta pelo presidente Donald Trump.

Lula afirmou que o governo está aberto a discutir as tarifas dos EUA, mas não comprometerá a soberania nacional e a independência do Judiciário.

Na quarta-feira, Lula se reuniu com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e outros ministros, mas decidiu convocar nova reunião devido à ausência de alguns integrantes por conta do recesso judiciário.

A Lei Magnitsky é aplicada a indivíduos que cometeram graves violações de direitos humanos e prevê sanções financeiras, como a proibição de entrada nos EUA e o bloqueio de bens.

A sanção contra Moraes foi motivada por sua atuação no processo relacionado ao ex-presidente Jair Bolsonaro e sua postura contra as "big techs".

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