Alemanha e vizinhos propõem endurecer regras de asilo e facilitar deportações
Reunião de líderes europeus em cume alemão propõe medidas rigorosas para a imigração, incluindo deportações e triagens fora do bloco. Enquanto isso, 81 afegãos com condenações criminais são enviados de volta ao Afeganistão, marcando uma mudança na política de imigração do país.
Encontro sobre imigração na Europa
No dia 18 de agosto, representantes de Alemanha, França, Polônia, Áustria, Dinamarca e República Tcheca se reuniram, sob a organização do governo Friedrich Merz, para discutir medidas de endurecimento da política imigratória na União Europeia.
Entre as propostas destacadas estão:
- Regras para asilo mais restritivas;
- Triagens fora do bloco;
- Deportações expressas.
O encontro coincidiu com a deportação de 81 afegãos, incluindo criminosos condenados, para o Afeganistão. Alexander Dobrindt, ministro do Interior, afirmou: "Não há residência para quem comete crimes na Alemanha."
A operação foi intermediada por autoridades do Qatar, com a lista de deportados autorizada pelo Talibã. A medida gerou críticas de entidades de direitos humanos, que apontam o Afeganistão como um país inseguro.
Entre as novas diretrizes, também estão:
- Suspensão de vistos para países que não aceitam seus cidadãos;
- Aceleração dos procedimentos de asilo;
- Combate a coiotes e proteção das fronteiras externas.
A Polônia recentemente respondeu com um aperto no controle de fronteiras, levantando preocupações sobre o Tratado Schengen.
Outro ponto controverso foi a terceirização de procedimentos de fronteira, um modelo já aplicado pela Itália. A Comissão Europeia elogiou essa abordagem, ressaltando a importância do debate sobre imigração no cenário europeu atual.
Como concluiu Dobrindt: "A transição migratória não pode ocorrer apenas na Alemanha, mas também na Europa."