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Além do tarifaço: Trump se isola e ignora líderes latinos

Trump foca em política nacional enquanto se distancia de líderes latino-americanos. Estrategicamente, reforça alianças com aliados tradicionais, mas acumula atritos com nações da América Latina e outros países.

Nos primeiros 100 dias do 2º mandato, o presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), concentrou suas reuniões bilaterais na Casa Branca. Recebeu apenas o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, sendo sua única visita ao exterior para o funeral do papa Francisco.

Essa falta de viagens internacionais contrasta com ex-presidentes, que costumam fortalecer alianças. Trump prioriza uma agenda nacionalista, aumentando tarifas sobre produtos estrangeiros e intensificando a fiscalização na fronteira com o México.

Trump recebeu 11 líderes estrangeiros desde 20 de janeiro; Bukele se destacou por suas políticas contra violência, que resultaram na prisão de mais de 80.000 pessoas em El Salvador. O governo americano apoia suas ações para conter a imigração ilegal.

Por outro lado, Trump acumula atritos com outros líderes. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, criticou Trump após ameaças de tarifas e suspensão de vistos, levando a um impasse que foi resolvido quando Petro aceitou repatriar migrantes.

Tensões também surgiram com a Ucrânia. Durante visita do presidente Volodymyr Zelensky, Trump criticou a postura ucraniana e sugeriu um cessar-fogo, divergindo da política anterior de apoio à Ucrânia.

Outro conflito ocorreu com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, após Trump impor tarifas sobre produtos canadenses. Trudeau respondeu com tarifas equivalentes.

Durante esse período, a diplomacia americana foi liderada pelo secretário de Estado, Marco Rubio, que realizou 14 viagens para reforçar alianças estratégicas e conter críticas à política externa isolacionista de Trump.

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