Além da cúpula do INSS, 11 entidades foram alvo da operação da PF
Operação investiga esquema de descontos indevidos em benefícios do INSS envolvendo 11 entidades. Mais de R$ 6,3 bilhões foram descontados entre 2019 e 2024, e autoridades buscam esclarecer a destinação desses recursos.
Operação "Sem Desconto" deflagrada pela Polícia Federal e a CGU apura esquema de desvios no INSS.
O ministro da CGU, Vinicius Marques de Carvalho, informou que 11 entidades e a alta cúpula do INSS são alvos da investigação. O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado por ordem judicial.
Segundo Carvalho, mais de R$ 6,3 bilhões foram descontados de beneficiários entre 2019 e 2024, mas a destinação dos recursos é incerta.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, destacou que as investigações começaram em 2023, quando indícios de organização criminosa foram identificados. Ao todo, estão sendo cumpridos 211 mandados judiciais, incluindo seis mandados de prisão temporária.
O presidente Lula foi notificado e demonstrou preocupação. Além de Stefanutto, cinco servidores também foram afastados. O esquema envolve descontos associativos não autorizados em aposentadorias.
Stefanutto, que estava no INSS desde 2000 e é filiado ao PSB, não foi indicado pelo partido, que apoia a apuração dos fatos.
A operação mobiliza cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU, com ações em diversos estados do Brasil, incluindo SP, RJ, e MG.
Os investigados podem enfrentar acusações de corrupção, lavagem de capitais, entre outros crimes.