Alcolumbre resiste a instalar CPMI do INSS e cobra acordo entre líderes
Senador Davi Alcolumbre destaca a necessidade de acordo entre líderes para convocação de sessão e adia compromisso sobre a CPMI do INSS. A investigação pretende apurar fraudes que prejudicaram aposentados desde 2019.
O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que não irá convocar uma sessão conjunta apenas para a leitura do requerimento da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre fraudes no INSS.
A reunião prevista para a próxima semana está apenas “pré-marcada” e depende de um acordo entre os líderes partidários. Ele declarou: “Se não fizerem pauta, eu não vou fazer reunião para ler um ofício”.
O requerimento busca investigar um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões, que começou em 2019 por meio de convênios entre o INSS e entidades de aposentados. As investigações foram realizadas pela Polícia Federal, Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria-Geral da União (CGU).
A oposição ao governo Lula é autora do pedido da comissão, enquanto aliados do governo estão divididos sobre suas implicações.
Em abril, Alcolumbre anunciou uma sessão para 27 de maio, mas a data foi retirada da agenda oficial. Ele explicou que não recebeu retorno das lideranças sobre questões importantes a serem discutidas.
A próxima sessão conjunta será definida em reunião marcada para hoje, mas sem a presença do líder do governo, Randolfe Rodrigues (PT-AP).
As sessões conjuntas são normalmente usadas para votações de vetos presidenciais e projetos de crédito extra, mas a atual mobilização é focada na instalação da CPI.
Nos bastidores, alguns parlamentares reconhecem que a criação da comissão é inevitável, apesar da preferência do Planalto em retardar sua instalação. A expectativa é que a CPMI do INSS seja instalada nas próximas semanas.
Se criada, a comissão reunirá deputados e senadores que poderão convocar figuras chave, como dirigentes do INSS e representantes de associações de aposentados.