Alckmin diz estar em contato “reservado” com os EUA sobre tarifas
Governo brasileiro busca retomar negociações com os EUA após promessa de tarifa de 50% sobre produtos nacionais. Dificuldades no diálogo são agravadas pela falta de um embaixador e comunicação limitada com a Casa Branca.
Vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, informou que o governo brasileiro mantém comunicação “reservada” com os Estados Unidos sobre o tarifaço de 50% que começará em agosto.
As conversas estão em andamento pelos canais institucionais, conforme declarou Alckmin a jornalistas em Brasília.
Segundo o Poder360, o Brasil enfrenta dificuldades para negociar devido à falta de um embaixador nos EUA. Atualmente, o encarregado de negócios norte-americano não tem acesso direto à Casa Branca.
Além disso, as negociações ocorrem apenas com a Secretaria do Tesouro, que também não tem acesso a Donald Trump.
Alckmin não revelou quem é o interlocutor dos EUA com o Brasil, mantendo a confidencialidade dos contatos.
O governo brasileiro mencionou uma minuta confidencial de 16 de maio sem resposta dos EUA e enviou uma cobrança em 16 de julho. Apesar da ausência de resposta oficial, a diplomacia acredita que as negociações estão abertas.
Desde a carta de Trump, que mencionou o ex-presidente Jair Bolsonaro e as tarifas, as conversas pausaram. Agora, o governo Lula busca reabrir as negociações, citando a minuta sem resposta como ponto de partida.