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Alckmin abre consulta a ministros para autorizar reclamação do Brasil contra Trump na OMC

Brasil considera acionar a OMC contra tarifas dos EUA após consulta ao Conselho Estratégico da Camex. A medida visa proteger os interesses econômicos nacionais e reafirmar o compromisso do país com o sistema multilateral de comércio.

Geraldo Alckmin, vice-presidente da República, abriu nesta sexta-feira (1º) uma consulta aos membros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) sobre a autorização para o Ministério das Relações Exteriores (MRE) acionarem o mecanismo de solução de controvérsias da OMC contra os Estados Unidos.

Esse passo é uma formalidade antes de uma queixa oficial contra as tarifas de 50% impostas às exportações brasileiras.

A consulta permanecerá aberta até segunda-feira (4) e envolve ministros como Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda).

A proposta conta com o respaldo de um parecer técnico-jurídico da AGU e, se aprovada, representará uma resposta formal do Brasil, buscando a proteção dos interesses econômicos nacionais.

O Brasil prepara argumentos e busca uma reclamação formal após o sinal verde do Itamaraty, que critica diretamente as tarifas dos EUA como discriminatórias e sem respaldo técnico.

O documento afirma que os EUA extrapolam limites acordados na OMC e utilizam justificativas políticas que envolvem alegações sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Caso o MRE obtenha autorização, poderá enviar um “pedido de consultas” ao governo dos EUA, dando início à fase diplomática obrigatória de 60 dias.

Se fracassarem, o Brasil pode solicitar um painel arbitral, iniciando a fase contenciosa.

O Brasil já utilizou o mecanismo da OMC anteriormente, como na disputa de 2022 sobre algodão, onde obteve vitória e acordos favoráveis com os EUA.

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