Airbus se recusa a cobrir tarifas e repassa custo a companhias aéreas dos EUA, diz CEO
Airbus se recusa a arcar com tarifas sobre aviões importados, complicando relações com companhias aéreas nos EUA. CEO da fabricante alerta para incertezas na cadeia de suprimentos devido às taxas impostas.
Airbus não cobrirá custos das tarifas sobre aviões importados
A Airbus declarou que não arcará com as tarifas sobre aviões importados pelas companhias aéreas dos EUA, gerando tensão com os clientes.
O CEO da Airbus, Guillaume Faury, afirmou que a fabricante é responsável apenas por taxas sobre suprimentos para sua fábrica na Alabama. Para importações dos EUA, isso recai sobre os clientes.
“Eles não estão dispostos a pagar tarifas, mas isso é por conta deles”, comentou Faury. A indústria enfrenta dificuldades devido às novas sobretaxas após décadas de isenção.
Companhias como Delta e American Airlines manifestaram resistência em assumir custos adicionais. A Delta, por exemplo, encontrou uma rota alternativa para um novo Airbus A350-900, passando por Tóquio.
A Airbus busca soluções alternativas e mencionou acordos com clientes internacionais para contornar a situação, mantendo a expectativa de entregar 820 aeronaves comerciais em 2023, mas com possíveis atrasos.
No primeiro trimestre, a Airbus reportou um Ebitda de 624 milhões de euros e um lucro líquido de 793 milhões de euros, superando as expectativas do mercado.
A fabricante também enfrenta desafios na entrega de motores, conforme a Rolls-Royce, fornecedora de motores, destacou a expectativa de uma produção reduzida até 2025.
A Boeing também foi impactada pela resposta tarifária da China, que impede suas companhias aéreas de adquirir jatos da fabricante americana, enquanto Faury acredita que é do interesse do setor reverter as tarifas.
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