Ainda não discutimos tombo nos gastos não obrigatórios, diz Haddad
Haddad alerta para os desafios fiscais que o governo enfrentará nos próximos anos, com a drástica redução das despesas discricionárias. Ministro destaca a necessidade de medidas futuras para evitar impacto negativo no serviço público e nas políticas sociais.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o governo ainda não discute soluções para o esvaziamento das despesas discricionárias até 2029.
Expectativa da equipe econômica de Luiz Inácio Lula da Silva é que a verba para as discricionárias caia de R$ 221,2 bilhões em 2025 para R$ 8,9 bilhões em 2029, representando um tombo de 96%.
Haddad abordou a possível falta de R$ 11 bilhões para investimentos em educação e saúde em 2027, afirmando que ainda não há discussões sobre o tema, mas que muitos desafios estão pela frente.
O ministro destacou o aumento de gastos com precatórios e emendas como desafios significativos. “Para um país que está precisando de ajuste nas contas, são coisas novas que precisam ser conversadas”, afirmou.
A partir de 2027, as despesas discricionárias já sofrerão uma queda expressiva, passando de R$ 208,3 bilhões para R$ 122,2 bilhões (-41%).
A conta dos gastos começará a pesar após as eleições presidenciais de 2026. Isso poderá criar uma situação difícil para a gestão de Lula ou o próximo presidente que assumir.