AGU vai à Justiça contra a Meta para coibir golpes que usam símbolos de governo e imagens manipuladas nas redes

A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou uma Ação Civil Pública visando coibir o uso indevido de símbolos e marcas do governo federal em anúncios fraudulentos.

Esses anúncios, publicados nas redes sociais Facebook e Instagram, foram identificados como ferramentas de golpes financeiros, totalizando 1.770 fraudes.

A AGU destacou que esses anúncios utilizavam símbolos oficiais e imagens de autoridades. A ação foi movida contra a Facebook Brasil, responsável pela veiculação publicitária nessas plataformas.

A AGU criticou o sistema de verificação de anúncios das plataformas, considerando-o ineficiente e contrário aos termos de uso. A ação pede condenação por danos morais coletivos, com o valor destinado ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.

O estudo do NetLab/UFRJ revelou que, entre 10 e 21 de janeiro, os anúncios fraudulentos promoviam informações falsas sobre valores a receber e temas relacionados ao Pix.

Essas fraudes ofereciam programas governamentais e se passavam por páginas de instituições, usando Inteligência Artificial (IA) para manipular imagens de lideranças políticas. A maioria dos anúncios prometia a liberação de valores mediante pagamento de uma falsa taxa de serviço.

A ação mencionou que, no início de abril, anúncios similares ainda estavam ativos, evidenciando que políticas públicas de inclusão financeira estavam sendo exploradas para aplicar golpes.