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AGU pede que STF investigue ação suspeita antes de tarifaço no inquérito contra Eduardo Bolsonaro

AGU investiga operações irregulares no mercado de câmbio relacionadas a Eduardo Bolsonaro. A suspeita envolve uso de informações privilegiadas e possíveis ganhos financeiros com tarifas anunciadas pelos EUA.

A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de investigação sobre operações financeiras irregulares no Brasil, relacionadas ao anúncio do tarifaço dos EUA.

A suspeita envolve o deputado Eduardo Bolsonaro e o uso de informações privilegiadas no mercado de câmbio.

A petição, enviada em 20 de outubro, se baseia em uma reportagem do Jornal Nacional, que revelou uma movimentação bilionária no câmbio americano antes do anúncio de tarifas por Donald Trump.

Segundo a AGU, as transações indicam insider trading, uma prática ilegal que pode ter gerado ganhos de até 50% em três horas. A operação ocorreu entre 13h30 e 16h20 (horário de Washington).

A AGU argumenta que os elementos sugerem condutas criminosas por Eduardo Bolsonaro, que estaria obstruindo a Justiça e se beneficiando financeiramente de decisões políticas.

A denúncia destaca o vínculo entre interesses financeiros e tentativas de coação institucional. Eduardo Bolsonaro manteve reuniões com governo e Congresso dos EUA antes do anúncio das tarifas.

A AGU notificou ainda a Procuradoria-Geral da República e solicitou ações à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para fiscalizar esses atos no mercado de capitais.

A nota da AGU ressalta que o uso ilícito de informações privilegiadas pode resultar em responsabilidade civil e administrativa, além de prejuízos ao mercado.

O Jornal Nacional reportou a compra de US$ 3 a 4 bilhões quando o dólar estava a R$ 5,46, revendidos a R$ 5,60 após o anúncio. Movimentações semelhantes com outras moedas levantaram alertas entre parlamentares americanos, que ainda não avançaram com investigações formais.

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