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AGU pede investigação de ‘insider trading’ no mercado de câmbio sobre tarifas dos EUA

AGU investiga transações suspeitas no câmbio brasileiro após tarifas dos EUA. Filhos de Bolsonaro e possíveis relações com insider trading estão no centro do inquérito.

A Advocacia-Geral da União (AGU) investiga possível uso de informação privilegiada (insider trading) no mercado de câmbio brasileiro, relacionado ao anúncio de tarifas pelos EUA sobre produtos do Brasil.

O pedido foi motivado por transações cambiais significativas antes e depois do anúncio, sugerindo manipulação por pessoas físicas ou jurídicas, segundo o Ministério Público.

A AGU solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que inclua essas alegações no inquérito sobre Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que reside nos EUA e pressionou contra o STF.

O inquérito apura se Eduardo usou tarifas internacionais para coagir o sistema judiciário brasileiro.

Esta demanda ocorre em meio a tensões entre Brasil e EUA. O presidente americano, Donald Trump, anunciou em agosto uma tarifa de 50% sobre importações brasileiras, citando o tratamento dado a Jair Bolsonaro.

A resposta do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, foi de que o Brasil não seria "acompanhado" e que responderia usando a Lei de Reciprocidade Econômica, aprovada em abril.

Na sexta-feira (18), a Polícia Federal cumpriu mandados na casa de Bolsonaro, colocando uma tornozeleira eletrônica nele e impondo restrições, como proibição de uso das redes sociais e um toque de recolher.

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, justificou as medidas pelo risco de fuga e obstrução da justiça. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, revogou o visto de Moraes e seus familiares.

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