Agronegócio diversifica produtos e mercados
Brasil diversifica mercados no agronegócio, expandindo exportações apesar das tensões comerciais com os EUA. A abertura de 24 novos destinos em 2024 evidencia uma estratégia para reduzir dependências e fortalecer laços com países da Europa, Oriente Médio e África.
Brasil amplia mercados no agronegócio, mesmo sob pressão comercial dos Estados Unidos. Neste ano, 24 novos mercados foram abertos, totalizando 300 desde o início do 3º mandato de Lula.
Em 2024, produtos brasileiros do agro chegaram a cerca de 200 países, com destaque para carnes, lácteos e cereais. A China é o principal parceiro, com vendas de US$ 49,7 bilhões, mas houve uma queda de 17,5% em relação a 2023.
O Ministério da Agricultura registrou 246 novos acessos a mercados em 60 países, superando a gestão anterior. A relação com os Estados Unidos, segundo principal destino (US$ 12,1 bilhões), se tornou volátil e politizada.
O Brasil diversifica destinos e fortalece laços com Europa, Oriente Médio, África e Ásia, mostrando vocação exportadora e poder de barganha. Compras aumentaram de países como:
- Egito (+91,4%)
- Emirados Árabes Unidos (+46%)
- Bélgica (+43,3%)
- Irã (+30,7%)
A tensão com os EUA, devido a tarifas impostas, leva o Brasil a considerar tarifas de até 50% sobre produtos norte-americanos. O país busca fortalecer laços com a China e o Brics ampliado, incluindo novos membros como Argentina e Arábia Saudita.
O Brasil adota uma postura de não alinhamento automático com polos de poder global, buscando maturidade diplomática nas relações. Como potência agroambiental, detém o que o mundo precisa, garantindo força de negociação com autonomia.