Agentes da Abin cobram demissão de diretor da agência após indiciamento: ‘indignação’

Servidores da Abin pedem a demissão do diretor Luiz Fernando Corrêa, após seu indiciamento no inquérito da "Abin paralela" no dia 17 de outubro.

Em carta aberta, agentes e servidores administrativos manifestam que é "absurdo" manter Corrêa no cargo, expressando indignação por sua permanência após a conclusão da investigação da Polícia Federal.

Corrêa foi indiciado por suspeita de obstrução de justiça e suposto conluio para ocultar monitoramentos ilegais durante o governo Bolsonaro. O ex-diretor-adjunto, Alessandro Moretti, também indiciado, foi exonerado em janeiro de 2024.

Apesar da situação, o presidente Lula manteve Corrêa na Abin, onde ambos mantêm uma longa relação profissional.

A Abin, principal órgão de inteligência federal, é acusada de ter sido instrumentalizada por interesses privados durante o governo anterior.

A Intelis, associação de servidores, expressa indignação com a permanência de indivíduos sob acusações graves na liderança da Abin, clamando por uma gestão de profissionais orgânicos de inteligência.

O cenário atual é visto como um grave descaso e um processo de desmonte da Inteligência de Estado no Brasil.