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Agente diz ao STF que a Abin criou sala no Planalto com acesso direto a Bolsonaro

Agente da Abin revela que a agência operava de forma independente no Palácio do Planalto durante o governo Bolsonaro. O depoimento levanta suspeitas de uso da inteligência para vigilância política e monitoramento de adversários.

Agente da Abin revela estrutura secreta no Planalto

Durante depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Cristian Schneider, afirmou que foi montado um gabinete dentro do Palácio do Planalto durante o governo de Jair Bolsonaro.

Esse gabinete tinha acesso direto ao presidente e operava à margem do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Schneider declarou que essa foi a primeira vez que a Abin teve salas no Palácio, sem responder ao GSI.

As declarações reforçam as suspeitas da Procuradoria-Geral da República (PGR) de que a Abin foi utilizada para vigilância política. Segundo Schneider, tanto Alexandre Ramagem quanto seu sucessor, Vitor Carneiro, foram escolhas diretas de Bolsonaro, sem envolvimento do ministro do GSI, general Augusto Heleno.

A sala da Abin ficava no segundo andar do Planalto, onde Ramagem despachava e discutia assuntos políticos com o presidente. A PGR acusa a gestão Bolsonaro de criar uma “ estrutura paralela ” da Abin para perseguições políticas e monitoramento de opositores.

Schneider esclareceu que a Abin não analisava a vulnerabilidade das urnas eletrônicas, mas sim riscos logísticos, como obstruções de rodovias ou protestos violentos. O depoimento pode fortalecer a tese de que a inteligência de Estado foi utilizada para fins políticos no governo anterior, central na investigação sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

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