Agência de notícias AFP diz que colaboradores correm risco de vida em Gaza e pede que Israel permita sua saída
AFP alerta para a vida em perigo de colaboradores palestinos em Gaza e pede retirada imediata. A situação humanitária se agrava com relatos de fome extrema e condições insustentáveis para os profissionais da imprensa na região.
AFP alerta sobre o perigo enfrentado por jornalistas palestinos em Gaza
A agência de notícias francesa AFP divulgou um comunicado, nesta segunda-feira (21), alertando que a vida de seus colaboradores palestinos em Gaza está em perigo devido à grave situação humanitária, após 21 meses de guerra.
O documento solicita ao governo de Israel a retirada imediata desses profissionais e suas famílias. A nota destaca a deterioração das condições de vida e a coragem dos jornalistas.
A maioria dos repórteres em Gaza é palestina, já que Israel raramente permite a entrada de jornalistas estrangeiros. Até agora, a AFP conseguiu retirar oito colaboradores e suas famílias, e continua trabalhando para retirar freelancers.
A Sociedade de Jornalistas da AFP expressou sua preocupação: "Tememos pela vida de nossos colegas em Gaza", ressaltando a impossibilidade de sobrevivência. O bloqueio israelense e a distribuição de ajuda humanitária são pontos críticos descritos na situação atual.
Os profissionais da AFP relatam fome extrema, falta de água e dificuldades para trabalhar. Exemplos incluem Bashar Taleb, que interrompe seu trabalho para conseguir comida, e Khadr al Zanoun, que perdeu 30 quilos desde o início da guerra.
Após o comunicado, o ministro francês Jean-Noël Barrot pediu que Israel assegure um acesso livre à imprensa e anunciou que o governo francês está trabalhando para retirar os jornalistas palestinos em breve.
A comissária da União Europeia, Hadja Lahbib, também exigiu que Israel garanta segurança para os jornalistas. A ONG Repórteres Sem Fronteiras informou que mais de 200 jornalistas foram mortos desde o início da guerra em outubro de 2023.