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Afrouxamento do licenciamento ambiental avança no Senado

Projeto de licenciamento ambiental é aprovado pela Comissão do Meio Ambiente, gerando polêmica entre senadores. Novas regras podem facilitar o processo para empreendimentos, despertando preocupações sobre possíveis riscos ambientais.

Comissão do Meio Ambiente aprova projeto de licenciamento ambiental

No dia 20 de maio de 2025, a Comissão do Meio Ambiente do Senado aprovou um projeto que afrouxa as regras para emissão de licenciamento ambiental. A aprovação foi simbólica, sem registro individual de votos, e contou com oposição de senadores como Jaques Wagner e Eliziane Gama.

A proposta, que já era aprovada pela Câmara em 2021, agora seguirá para análise da Comissão de Agricultura antes do plenário.

O presidente da Comissão, Fabiano Contarato, alertou sobre possíveis vícios de inconstitucionalidade e enfatizou a importância da preservação ambiental.

Entre as principais mudanças, estão:

  • Isenção de licenciamento para empreendimentos militares e de pecuária de pequeno porte.
  • LAC (Licença por Adesão e Compromisso): o responsável se declara apto a cumprir regras ambientais e obtém licença automaticamente.
  • Licença Ambiental Única, que centraliza autorizações em um único documento.
  • Dispensa de licenciamento para atividades de baixo impacto.

A senadora Eliziane Gama expressou preocupações sobre a facilitação do licenciamento para empreendimentos com potencial de risco, como os que causaram a tragédia de Brumadinho.

Por outro lado, Tereza Cristina, relatora da Comissão de Agricultura, defendeu que o projeto não fragiliza o licenciamento e traz segurança jurídica. Senadores favoráveis afirmaram que as mudanças podem acelerar obras paradas, inclusive nas áreas de saneamento.

O líder do Governo no Senado, Jaques Wagner, criticou as delegações propostas para Estados e municípios, alertando para o risco de uma “guerra ambiental”.

O coordenador da Frente Ambientalista, deputado Nilto Tatto, indicou que, se aprovado, solicitará veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que o projeto precisa de mudanças substanciais para ser viável.

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