“Afronta”: governistas criticam revogação de visto de Moraes
Ministros e congressistas reagem à revogação do visto de Alexandre de Moraes, classificando a decisão dos EUA como uma violação da soberania nacional. Críticas apontam que a medida é uma tentativa de intimidar o Judiciário brasileiro em um contexto de tensões políticas internas.
Ministros do governo Lula e congressistas criticam a revogação do visto do ministro do STF, Alexandre de Moraes, decidida pelos EUA.
Classificam a medida como uma afronta à soberania nacional e tentativa de intimidação da Justiça brasileira.
A ministra Gleisi Hoffmann chamou a ação de retaliação agressiva e mesquinha, ligando-a a uma conspiração do ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, Eduardo Bolsonaro.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, considerou a decisão uma escalada diplomática e violação da soberania.
O senador Randolfe Rodrigues ironizou a situação, destacando que o Brasil tem 192 países além dos EUA e que não haverá chantagens que afetem a soberania brasileira.
A revogação ocorreu no mesmo dia em que Bolsonaro foi alvo de operação da Polícia Federal, sendo obrigado a usar tornozeleira eletrônica e limitando seu acesso a embaixadas e redes sociais.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, acusou Moraes de promover uma “caça às bruxas política” e de que o STF extrapola no que se refere à perseguição e censura.
Moraes afirmou que Bolsonaro atuou de forma consciente para interferir na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022.