África, de eterna promessa a bons números na economia
Crescimento econômico na África subsariana supera média global, com nações como Senegal e Etiópia se destacando. A forte influência da China e desafios internos moldam o futuro do continente em um cenário de transformação estrutural.
África apresenta crescimento econômico em meio a incertezas globais
A África subsariana cresceu 4% em 2024, superando o PIB mundial de 3,3%. Neste contexto, Senegal, Etiópia, Costa do Marfim, Ruanda e Guiné projetam crescimento de pelo menos 6%.
Segundo Carlos Lopes, professor da Universidade Cape Town, este crescimento reflete uma transformação estrutural nas economias africanas, com investimentos em infraestrutura e modernização dos ambientes de negócios.
Papel da China
A China também é um fator crucial, com 250 bilhões de dólares em comércio com a África em 2022 e 51 bilhões de dólares anunciados para empréstimos e investimentos em setembro do ano passado. Modelos de parcerias público-privadas têm sido usados para financiar grandes obras.
Vantagens demográficas e climáticas
A África se destaca por ter mais de 50% do crescimento populacional global até o século, e 60% do potencial de energia solar, segundo dados da ONU e da Agência Internacional de Energia. Isso posiciona o continente como parte da solução para a descarbonização global.
Desafios persistem
Obstáculos como conflitos armados, instabilidades políticas, e a guerra tarifária do governo Trump precisam ser superados. O professor Lopes destaca que a integração regional e a industrialização verde são essenciais para mitigar os impactos negativos e garantir um crescimento sustentável.