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Acusados de planejar sequestro de Moraes prestam depoimento sobre trama golpista nesta segunda-feira

Supremo Tribunal Federal inicia audiências do núcleo 3 do plano golpista, com foco em militares e policial federal. Denúncias incluem tentativas de sequestro de ministro e pressão sobre o Alto Comando do Exército para viabilizar a continuidade de Jair Bolsonaro no poder.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia hoje os depoimentos do núcleo 3 do suposto plano golpista, composto por nove militares e um policial federal.

Acusados de tentarem uma ruptura institucional após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, eles são investigados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

A denúncia indica que o núcleo, majoritariamente formado pelos "kids pretos" do Exército, planejou o sequestro do ministro Alexandre de Moraes e pressionou o Alto Comando do Exército.

Entre os réus estão:

  • General da reserva Estevam Theophilo - aceitou coordenar o uso das forças terrestres;
  • Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo - líderes de ações de monitoramento e neutralização de autoridades.

Além deles, outros cinco militares são acusados de pressionar o Alto Comando do Exército a participar do golpe.

Wladimir Soares, o único civil do núcleo, atuou na segurança de Lula durante a transição e ofereceu-se para executar o plano golpista.

As defesas dos réus negam as acusações e afirmam que não houve participação no plano golpista.

A ação penal envolvendo Jair Bolsonaro e mais sete réus refere-se ao núcleo 1 da trama golpista. Já foram concluídos os interrogatórios, que estão na fase de alegações finais, com expectativa de julgamento até setembro.

Recentemente, foram ouvidos os núcleos 2 e 4 da trama. O general Mario Fernandes admitiu ser autor do plano "Punhal Verde e Amarelo", que previa cenários para o assassinato de Lula e outros; sua defesa minimizou a declaração.

Um quinto núcleo, formado pelo jornalista Paulo Figueiredo, é acusado de vazar documentos para pressionar o Exército. Sua denúncia ainda não foi analisada, e ele não compareceu nem apresentou defesa.

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