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Acusada de fraude bilionária, ex-CEO da CaaStle paga fiança de R$ 1,6 bilhão e responde em liberdade nos EUA

Christine Hunsicker é acusada de desviar mais de US$ 300 milhões de investidores por meio de um esquema de fraude. A ex-executiva enfrenta possíveis 100 anos de prisão e já responde a ações civis por conta das irregularidades.

Christine Hunsicker, ex-diretora executiva das empresas de tecnologia de moda CaaStle e P180, está sendo acusada de um esquema de fraude que desviou mais de US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão) de investidores entre 2019 e 2025.

A executiva de 48 anos se entregou às autoridades em Nova York na última sexta-feira (18), declarou-se inocente e foi liberada após pagar uma fiança de US$ 1 milhão. Se condenada, pode pegar mais de 100 anos de prisão.

A acusação alega que Hunsicker:

  • forjou demonstrações financeiras
  • fabricou auditorias
  • adulterou documentos
  • apresentou registros bancários falsos

Essas ações teriam sido utilizadas para captar recursos e manter a imagem de sucesso da CaaStle, avaliada em US$ 1,4 bilhão. Um exemplo citado é um relato de lucro operacional de US$ 24 milhões, quando o real teria sido inferior a US$ 30 mil.

Mesmo após ser afastada pela diretoria e proibida de atuar pela empresa, Hunsicker continuou levantando capital de forma ilícita. A CaaStle teve marcas renomadas, como Ralph Lauren e Banana Republic, e entrou com pedido de falência em junho.

Além do processo criminal, Hunsicker enfrenta ações civis por fraude movidas por investidores. Seus advogados afirmam que a acusação apresenta uma visão distorcida dos fatos e prometem contestar cada ponto no julgamento.

Segundo a CBS News, os defensores de Hunsicker declararam que os promotores "escolheram apresentar ao público um quadro incompleto e distorcido" da acusação, apesar dos esforços da executiva para ser cooperativa e transparente.

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